Décima Terceira Emenda
Décima Terceira Emenda, dirigido pela Ava DuVernay, EUA,
2016. Quando o documentário iniciou pensei que seria algo sobre o preconceito
de raças e etnias, mas logo vi que tratava-se do sistema penitenciário norte-americano,
o que também tem a ver com a raça negra, já que eles são em maioria naquele país
como iguais outros, inclusive o nosso, Brasil. A Décima Terceira Emenda diz que todo
cidadão norte-americano tem direito a liberdade após a lei da abolição da escravatura
abolida pelo presidente Lincoln. O documentário, que concorre ao Oscar, vai a
fundo ao quesito presidial daquele país onde a maioria das prisões é privada e
existe, segundo a fita um empurrão, escrevemos assim, para prender mais e mais
cidadãos, por supostos lucros que estas empresas teriam com um número maior de detentos, em na sua
maioria: todos pretos, como diz a música intitulada por Haiti de Caetano Veloso
e Gilberto Gil, que neste caso o “Haiti” não é aqui, mas sim lá. O documentário
vai mais além disso desse trocadilho poético; ele mostra que há cada quatro pessoas presas no mundo, uma
está nos Estados Unidos. Para focar mais no preconceito racial o documentário
discorre acerca das injustiças desde quando o país era colônia inglesa até os
tempos atuais mostrando as mortes de afro-americanos por motivos aparentes
banais somente devido a sua melanina mais alta e isso fazendo uma bela
trajetória histórica desde Lüther King, onde este era ameaçado e caçado pelos
brancos mais radicais que enforcavam os negros que tinham a ousadia somente de
olhar a beleza uma mulher branca ou apenas eram julgados como serem vagabundos
que mereciam o enforcamento por estarem de vadiagem pelas ruas. Enfim, mas que o tratado de questão presidiária
dos Estados Unidos o documentário foca na questão do preconceito racial daquele
país, que escreva-se de sinal é escancarado apesar do seu penúltimo presidente
ser de origem afro-americana, muito diferente do Brasil , por exemplo, onde o
racismo ainda é velado, isto é, supõe-se que aqui não existe racismo e as raças
europeias, indianas e africanas vivam em total harmonia, fato este que estamos
carecas de saber que não é verdade, inclusive por essa mentira estabelecida o
racismo daqui é bem pior do que o de lá, porque lá ao menos eles não são hipócritas
em afirmar que não existe o existe e aqui ainda insistem vergonhosamente em
dizer que não existe racismo com a ajuda das igrejas, ou seja, estamos bem atrasados
nesse quesito super importante para nos tornarmos uma nação mais digna. O
documentário é o mais cotado a receber a estatueta no Oscar até por questões políticas, até mesmo porque lembrem-se que no ano passado a celebração não indicou nenhum diretor ou
ator negro e talvez por isso, como uma forma de refazer o mau passado pode
indicar o documentário como o melhor, embora que analisando como crítico cinematográfico
devo escrever que este não mereça tal honraria e este já tenha abocanhado a principal premiação britânica chamada por BRAFTA no último domingo, então concordando ou não é o favoritíssimo a estatueta de melhor documentário em pleno Carnaval quando estaremos atentos ao Oscar 2017.
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