Procura-se Irenice
Procura-se Irenice, de Marco Escrivão e Thiago B. Mendonça, Brasil/SP, 2016. Sem querer puxar, mas já puxando o saco ,e isso somente por competência deles, mas se um filme tem o carimbo do jornalismo esportivo da ESPN-Brasil, e internacional também, é bem provável que seja uma história interessante, no mínimo. Fiz questão em escrever isso de início para compararmos mesmo os jornalistas esportivos brasileiros, onde em especial refiro-me aos do Sportv/globo. É nítido que a capacidade e qualidade deles é bastante inferior aos dos jornalistas da ESPN, canal este que não permite que ex-atletas sejam em sua maioria os comentadores da emissora. Dito isto a ESPN nos deu o prazer em ver esse belo documentário no festival de cinema de Brasília, setembro último. O filme de curta metragem ganhou o prêmio de melhor filme na categoria popular. A obra fílmica trata de mais um caso desses da ditadura militar do Brasil, e neste caso de versão esplendorosa. Irenice era uma corredora dos 400 e 800 metros rasos de ponta no Brasil da década de 1960. Carioca, negra, bonita e de personalidade forte, Irenice foi até hoje o mais estranho caso de atletas envolvendo o Brasil em jogos olímpicos. Segundo o documentário a atleta chega a estar no país da Olimpíada , mas na hora de entrar no estádio, desentende-se com um executivo da comissão olímpica brasileira( um peixão grande) , e este o envia de volta ao Brasil e a excluí em fazer sua própria história no esporte.
A personalidade forte da carioca era já conhecida no meio, de modo quando surgiu a notícia oficial de que Irenice estava fora das Olimpíadas, de fato nenhuma outra atleta tomou as suas dores pelo medo da ditadura. Irenice estivera a frente do seu tempo, lutando contra um governo tirano e repressor, e somente pessoas que talvez tenha um "pavio curto" como de Irenice, conseguirão ter a sensibilidade para lutar por mudanças e fazer a diferença nem que isso ocorra há dez ou vinte anos após. Belo material de um mito nacional que se apagou sem nem sequer ter acendido.
A personalidade forte da carioca era já conhecida no meio, de modo quando surgiu a notícia oficial de que Irenice estava fora das Olimpíadas, de fato nenhuma outra atleta tomou as suas dores pelo medo da ditadura. Irenice estivera a frente do seu tempo, lutando contra um governo tirano e repressor, e somente pessoas que talvez tenha um "pavio curto" como de Irenice, conseguirão ter a sensibilidade para lutar por mudanças e fazer a diferença nem que isso ocorra há dez ou vinte anos após. Belo material de um mito nacional que se apagou sem nem sequer ter acendido.
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