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Mostrando postagens de novembro, 2014

Artigo de opinião

O filme Hoje eu quero voltar sozinho, cuja Secretária da Cultura do Brasil, foi o escolhido para nos representar no Oscar 2015. Todavia como critico da sétima arte tenho o dever moral em discordar da escolha da Secult, pois a meu ver o filme conta uma história interessante de um adolescente cego que se descobre homossexual no decorrer do obra melodramática, porém o filme não consegue seguir o mesmo caminho do seu roteiro e este se perde no meio do caminho. Por isso defendo outro filme que mereceria estar nos representando, trata-se de O lobo atrás da porta, protagonizado pela Leandra Leal. Além de este ser mais filme bem feito que o: Hoje eu quero voltar sozinho, o seu roteiro, junto com direção e a atuação dos atores, é infinitamente superior ao outro filme comparado. Poderia até classificar tal comparação como um sendo um gatinho frágil e pequeno que não se consegue se comunicar de modo eficaz, e o outro por sua vez sendo como um leão adulto cheio de energia e rugido forte. De fato é

Prosa- Passargada imaginária

Valeria a pena nos depreendermos de todas as razões do mundo físico e deixarmos ser levados aos nossos sonhos única e exclusivamente? Para Freud, se agilizemos dessa forma o mundo não existiria, e acho que ele tem razão. Mas em uma pura atividade fantasiosa, se tentarmos imaginar nosso mundo ideal, como seria ele? Primeiramente os homens já vinham ao mundo com um tipo de chip no corpo contra a falta de ética. Se assim fosse nos livraríamos dos políticos corruptos, e com certeza assim tínhamos um mundo melhor em todos os aspectos: saúde, educação, igualdade de riqueza entre os países, pouco ou quase nenhum preconceito de forma religiosa , racial e étnica. Enfim se sonhar não custa nada, talvez algum dia nossa ciência seja capaz (assim como ela já é nos filmes de ficções cientificas) de “confeccionar” um tipo de chip como este em questão. Continuo acreditando na ciência e seu progresso, e por isso conseqüentemente no homem. Um dia chegaremos lá. Para vivermos nos dias de hoje é melhor se

Delirios viajantes

Verso –desejo de viajar Como diria o poeta Viajar é preciso, viver não; Ou então tenha me confundido E tal poeta Pessoano Tenha dito exatamente O contrário disto que escrevo; Todavia entre tantos acertos e erros Rotineiros em qualquer viagem E seja esta física ou espiritual Viajar continua sendo preciso Mas preciso pra que? Pra se entender? Pra entender o mundo ? Pra entender as pessoas? Por puro prazer? De fato poderia responder que sim A todas essas indagações Mas viajar, a meu ver, é necessário Justamente por um único motivo: Que é para Transcender E a pessoa sendo ou estando “Transcendida” consegue perceber O que de fato é importante para o mundo.

Eles voltam

Eles voltam , de Marcelo Lordello, Brasil, 2011. A cena inicial do filme já marca porque traz um plano de câmera aberto, mostrando a vastidão do local retratado e o quanto este era desabitado, e portanto isolado de tudo e de todos; tratava-se de uma estrada, e em meio às montanhas, a tal estrada parecia mais silenciosa ainda. Neste amontoado de asfalto coberto pela poeira surge um automóvel, de alto padrão até, porém este era o único carro naquela estrada vazia. A quem assiste a obra fílmica sabe, ou ao menos intuí que algo está acontecendo nele ou seja, no carro em meio a essa estrada cheia de silêncios gritantes, e isto se sucede nem tanto pelo que se vê mas sim pelo que se ouve dentro do automóvel. Logo o carro arranca deixando marcam de pneus na estrada e ficam para trás dois adolescentes irmão: Cris e Peu, deixados na estrada pelos próprios pais, que não aguentam mais as brigas dos irmãos no banco de trás do carro porquausa de um Iphod. Na real o filme só se inicia após o abandon

Ela volta na quinta

Ela volta na quinta , de André Novais, Brasil, 2014. Esqueça os filmes que você assistiu ou ainda insisti em ver nestes complexos multiplex dos Shopping Centers, ou ainda em cinemas ditos como de “arte”, pois o filme do qual resenharemos hoje foge de todos estes padrões. Afirmaria que o filme produz uma nova faceta fílmica misturando ficção com realidade, e por vezes não sabemos quando o filme é um documentário real ou ficcional. Na verdade o filme tem todas estas formas embutidas nele; É um mix de gêneros que traz uma nova cara aos filmes autorais nacionais, e tais filmes não devem e também nem podem serem rotulados por terem neles tantos gêneros e subgêneros fílmicos dentro de uma única produção que não podemos nomear nem como drama, documentário ou tampouco comédia; Na real é tudo isso e mais um pouco. O filme foi o vencedor de melhor longa metragem nos festivais de Salvador, Tiradentes e Belo Horizonte deste ano pelo Júri especializado. O enredo do filme é tão exótico com seus p

Sem Coração

Chamou-me atenção um média metragem que assisti no X panorama internacional Coisa de Cinema em Salvador no inicio deste mês. O título do filme é tão forte como sua história; Sem Coração , da jovem e bela diretora alagoana residente em Recife Nara Normande, Brasil, 2014. Sem Coração, além de ser o título do média, é também o nome da protagonista da história: Uma garota de treze anos que tinha um marca-passo no lugar do seu coração e ainda assim inesperadamente era uma eximia, ou melhor, a mais cascuda pescadora de polvos e lagostas na modalidade da apneia das redondezas. A nossa Sem Coração era também em certo aspecto um animal enjaulado feminino em sua natureza selvagem criada no litoral alagoano oriunda de família humilde de pescadores daquele extenso litoral belo alagoano regado pelo sol forte durante as quatro estações do ano. Após a sessão a diretora do média , em bate-papo com o público, afirma não ter conhecido pessoalmente sua protagonista: A enigmática "Sem Coração",

Casa Grande

Casa Grande , de Felipe Barbosa, Brasil, 2014. Este filme em especial chamou uma boa impressão no X Panorama Internacional Coisa de Cinema, realizado no Cine Glauber Rocha deste ano. Não que os outros vários longas e curtas que assisti de qualidade também não tenham chamado minha atenção, mas este que escreverei teve algo de especial por se tratar de uma produção nacional, e talvez por isso ecoou mais que os outros. O filme mostra a derrocada financeira de uma família nobre do Rio de Janeiro, estória esta da própria família do diretor do filme; este que na época, em 2002, se encontrava estudando cinema em Nova Iorque, e por isso só foi saber de tudo anos mais tarde e a partir disso resolveu fazer o filme, como o próprio menciona no final da sessão. O filme tem o mérito em ser divertido e não apelar para clichês típicos a fim de mostrar as diferenças entre as classes sociais. A obra fílmica baseia-se em um plano único, que era a mansão que a família morava, porém o filme se articul