Postagens

Mostrando postagens de outubro, 2014

O que é poesia? Em prosa

A poesia é o ápice racional e irracional que o ser humano pode chegar e até ultrapassar seus limites. É na poesia onde podemos exponenciar nossos sentimentos guardados em nossos interiores, pois tais sentimentos , por vezes e por fatores externos ficam inviáveis de nos desnudarmos e expormos tudo que pensamos por termos uma sociedade ainda provinciana no sentido de enxergar e valorar pensamentos que vão de encontro contrário ao que a sociedade estabelece como correto. Na poesia em estudo percebemos que dor e amor são sentimentos que andam juntos, assim como doença e cura. Melhor é se deixar perder-se por linhas tortas do que sempre seguir as mesmas linhas retas estabelecidas por sei lá quem ou quando. Se ser doente é “viajar” em livros que poucos lêem ou gostam, prefiro morrer disso ao invés de ser curado. A coisa mais valiosa que o ser humano tem é o seu poder de escolha, a sua liberdade da trilhar seus caminhos. Ser livre é mais complexo do que podemos imaginar, não se restringe ape

Foto antiga - em prosa

Quando mexo numa foto minha com uns seis anos de idade automaticamente penso e reflito com meus botões: Pôxa, como mudei tanto quando me tornei adulto. Aqueles traços de criança de cabelos loiros que chegavam a serem brancos de fato não existem mais. Hoje os lisos louros esbranquiçados capilares infantis deram lugar a um adulto de poucos, muito poucos cabelos na cabeça; E os que se encontram lá, já nem de longe não são parecidos com os cabelos loiros-palhas de infância, mas sim de poucos capilares pretos ou castanhos escuros circundados com uma parte que falta tais mexas, exatamente no centro do “cocuruto”. Nossa como mudei! E não só nos meus cabelos, mas até em meus traços faciais e isto se deve ao fato principalmente pelas experiências e/ou pedras que tive que percorrer nessa jornada de amadurecimento até chegarmos a fase adulta, ou há quem a chame de fase mais responsável também. Tento, agora já com a tal responsabilidade obrigatória de um adulto me permitir ao menos um pouco que se

Auto-retrato em Verso.

Sou um pouco louco um pouco racional Depende do meu astral ou das pessoas; Em que me circundam ou penumbram Na verdade não sei ao certo quem sou Mas consigo já distinguir o que não sou; Não sou um ser desprovido de curiosidade E sagacidade para ter uma vida com mais , muito mais amabilidade e generosidade. Quem sou eu? Vou me descobrindo aos poucos, Com a certeza de que amanhã não será o último dia Se não conseguir descobrie quem sou amanhã, durmo bem, pois sei Que o depois do amanhã sempre nascerá ainda mais Bonito do que já vimos, por isso vivo cada dia, cada Instante saboreando o presente que Deus ou alguém Nos deu chamado por vida.

Auto-retrato em Prosa

Se começasse esta prosa com a expressão: “Sou o que sou e ninguém vai mudar”, estaria correndo o risco de ser taxado como plagiador de determinado artista; Mas convenhamos: Podemos encher os pulmões e afirmar que somos cem por cento originais? Na verdade, ou melhor, em minha opinião, esta que pode não ser verdadeira, somos cada vez mais plágios de várias coisas. Somos tão plágios múltiplos de tantas coisas que nem ao certo sabemos nos identificar. Deste modo então acho mais prudente assumir a postura de um ser errante nesse mundo discrepante e porque não ignorante? Na real sou o quero ser, ou ao menos quero acreditar nisto.

Ferramentas para tornar um texto prazeroso

Primeiramente para termos um texto prazeroso é necessário um tipo de contrato entre o autor e o leitor; Explico: É importante que o tema seja aprazível e interessante a quem recebe tal texto. Por exemplo: Um empresário pode não se interessar por um artigo que fale de artes ( ou até se interesse, mas não seria a regra, mas sim uma exceção ). É necessário focar em um público alvo para que seu texto se torne prazeroso, porque pessoas geralmente, e infelizmente, apenas se interessam por fatos e textos que dizem respeitos ao meio em que vivem ( uma relações publicas com um texto da sua área, um musico com um artigo que diga sobre seu trabalho e assim por diante ). Este fator é explicado pelo mundo globalizado e cada mais fatiado ou determinado por áreas especificas. Isto faz com que a maioria das pessoas só tenha interesse ou tempo para buscarem informações pertinentes a sua área de trabalho a fim de alavancarem suas carreiras com a chamada capacitação em sua área ou para ser mais especific

Leitura e Texto

Em minha concepção a leitura é mais abrangente e complexa do que imaginamos, pois para se saber ler algo é necessário passar por uma suposta avaliação sociocultural do ambiente em que reside e esse vulgo julgamento te possibilitará, em você, se enquadrar como leitor, ou melhor, como apto para tentar ler após o processo de alfabetização que se passa geralmente quando ainda criança. Dito isto, ou seja, após termos a capacidade de entender os símbolos linguísticos e lê-los, a concepção de leitura, a meu ver, vem como um exercício. Explico: Tomar gosto pela leitura é quase que a mesma coisa que tomar gosto por malhar os músculos em uma academia, por exemplo; Entretanto, na leitura o exercício a ser feito é o “neuronal”, ou seja, dos seus neurônios e não dos seus músculos. Existem as pessoas que já nasceram pré-dispostas a gostarem de ler ( o que não fora meu caso ); Estas geralmente começam o processo de leitura bem cedo e são conhecidas como nerds, tornando-os quase que, invariavelment

Autobibliografia

Tudo começou na aula de português. Eu tinha uns cinco anos ou talvez uns seis. Neste período de me alfabetizar veio a primeira e única repetição do meu currículo. Repeti porque não gostava da professora e, até hoje, tenho certeza de que ela não gostava de mim também, daquele garotinho loiro que fugia dos estereótipos dos meninos baianos. Sou filho de professora de teatro, e por isso não pagava mensalidade escolar e brigava com minha mãe para me deixar ficar dormindo no carro até na hora do recreio ( umas dez horas da manhã... ); Dessa forma ela não podia se atrasar eu sempre ganhava a quebra de braço berrando que preferiria ficar dormindo no fusca velho ao invés de encarar aquela professora ranzinza que implicava comigo; Resultado disso? Tomei bomba na alfabetização: uma série importantíssima, senão a mais importante que temos na grade escolar. No ano seguinte, no mesmo colégio 2 de Julho, porém com uma professora bem mais paciente, consegui, enfim, me alfabetizar, para a minha alegri

Le passé

O Passado, de Asghar Farhadi, França, 2014. A obra fílmica é mais uma bela pérola do diretor iraniano que ganhou o Oscar com o longa A separação, de melhor filme estrangeiro, e com mérito. Em o Passado ( Le passé ) pela primeira vez o diretor decide filmar fora do Irã para ter mais liberdade e escolhe a França para rodar seu filme. Posto isso, a história do drama se passa na capital Paris e o enredo é quando o ator Ali Mosaffa, que interpreta o ex-marido iraniano da atriz Berenice Bejo ( esta que ganhou o prêmio de melhor atriz pela estupenda atuação ), chega a França para assinar o divórcio com a ex-mulher que , por sinal, já se encontrava casada e grávida de outro, o ator sensação do momento da França: Tahar Rahim, que faz o papel de um dono de uma lavanderia. Berenice morava com sua filha de dezesseis anos, fruto de outro casamento, um filho com o iraniano e mais outro filho, que não era dela, do seu atual marido. A carga dramática do enredo se desenrola no passado, talvez por isso