Séptimo

Séptimo ( Sétimo), Dirigido e co-roteirizado por Patxi Amezcua, Argentina, 2013. Fazia tempo que não via um filme portenho que me decepcionasse. Este infelizmente foge a regra de filmes argentinos de qualidade, e mesmo com o ator Ricardo Dárin no elenco, alias só assisti ao filme porquausa dele, todavia desta vez não tive tanta sorte se avaliando o filme como um todo. A história se passa entre uma família recém separada constituída por duas crianças, uma de cada sexo, um advogado argentino e uma perua-dondoca( sem ocupação) espanhola , esta que por sua vez ou astúcia, estava a fim de se picar para o seu país europeu devidamente com os filhos sem o pai argentino logicamente concordar nada com essa estória. A trama passa-se e inicia-se nas Buenos Aires atuais com um surpreso e repentino desaparecimento dos filhos desse casal em “pé de guerra”. O filme não agrada por tais motivos como, por exemplo, ter sido rodado em sua maior parte no prédio ao qual as crianças tinham supostamente desaparecido, com o pai argentino de sangue quente desconfiando dos todos os outros moradores, ao invés de investir em outros lugares ou até mesmo acionar a polícia para desvendar o misterioso seqüestro dos seus filhinhos. Até que no meio do filme, e como isso demora de acontecer, esse óbvio até ( cerca de metade do filme), que foi um dos seqüestradores ligarem e pedirem o resgate das crianças em troca de Cash. Quando a fita toma um “ar” no sentido de desempacar nessa procura que não levava nada a lugar nenhum, e a fim de ter ações para se achar concretamente as crianças já encontramos praticamente o filme em seu final. E por seu final, este previsível e até de certa maneira ingênuo de supor de quem tinha de fato seqüestrado as crianças, ou seja, quem tinha arquitetado cruelmente esse plano de seqüestro fora a própria mãe dos filhos: uma espanhola insegura que comete um ato insano, e que poderia até ser pressa por isso, uma vez que a guarda dos filhos era do pai por a mãe já ter um histórico vasto de transes psicóticos, e por isso julgada pela lei, tanto da Argentina como da Espanha, como incapaz de cuidar e criar suas crias. Pelo Ricardo Dárin, que é um ator, que é mais ou menos, comparando na medida do possível, uma espécie de Fernanda Montenegro do sexo masculino na Argentina da contemporaneidade, porém depois de ver o filme inteiro, fiquei-me perguntando o porquê do gabaritado ator ter tido a decisão de aceitar em fazer esse filme com um roteiro tão sem sal e graça, e a única resposta que encontrei é que o cachê deve ter sido bem volumoso para o pop-star colocar-se como protagonista do pouco expressivo filme.

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