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Mostrando postagens de janeiro, 2014

Glória

Glória , de Sebastián Lelio , Chile,2013. O elenco é encabeçado por sua protagonista: Paulina Garcia, sendo esta premiada pela interpretação com o prêmio de melhor atriz com o Urso de Ouro no último festival realizado em Berlim de 2013. A nossa protagonista é uma mulher solitária de 58 anos de idade, ativa ainda no mercado de trabalho, mas já sente que a terceira idade bate em sua porta. Como morava sozinha, pois era divorciada e os seus dois filhos já eram adultos e tinham suas respectivas famílias e moradias, esta jovem senhora passa a freqüentar bailes para a chamada terceira idade. Em uma dessas idas conhece um jovem senhor ( um pouco mais experiente que ela até ) que se encontra em processo de divórcio recente de apenas um ano de acontecido. Glória que era não só o nome do filme, mas também o nome da sua protagonist, resolve então tentar um namoro com esse senhor que gostava de dançar também, assim como ela. Por sorte de ambos a química na cama do casal é excelente de modo que con

L’enfant d’ en Haut ou Minha Irmã.

L’enfant d’ en Haut ou simplesmente em bom português: Minha Irmã , com direção de Ursula Meier,França, Suíça, 2012. O filme foi Urso de Prata no Festival de Berlim daquele ano, e ainda conta no elenco com o ator mirim Kacey Mottet Klein em estupenda atuação e também com a renomada atriz que fez o premiado filme este ano em Cannes: Azul é a Cor Mais Quente( Léa Seydoux). A estória é a seguinte: Em uma estação de esqui de luxo nos Alpes Suíços um menino descolado de 12 anos vive com sua irmã desempregada( Léa Seydoux) nessa estação turística, mas especificamente na parte baixa dela ou na cidade que abastece a estação, que fica na parte de cima onde os turistas se hospedam. A relação dos irmãos é um pouco estranha e fria no início do filme, mas no decorrer dele diagnosticamos um significado real para esta relação ser assim, digamos tão distante ou não-padronizada. Sua irmã que tinha idade para ser sua mãe era sustentada pelo seu único irmão de 12 anos, ou seja, era mantida por uma crianç

O lobo de Wall Street

O lobo de Wall Street ,de Martin Scorsese, EUA, 2013. Não há como fazer uma bela omelete sem quebrar alguns ovos, como já diz o ditado. Podemos estendê-lo tal ditado para uma vida profissional de sucesso, ou em outras palavras, não dá para entrar no jogo ou esquema sem atropelar seus oponentes. Para estar no topo da sua “cadeia profissional” a dita “normalidade padrão” tem de ser jogada no lixo, ou mais uma vez em outras letras, é necessário que você esteja acima dos seus oponentes também no quesito intuição para fechar antes um negócio atrativo que os outros. Pois bem, e como o protagonista do filme consegue esse “algo mais” para tornar-se diferente dos outros? Respondelhie-i: com drogas, e muitas por sinal para que seu estado intuitivo e criativo se expanda e saia então da dita personificação normal ou estado normal vegetativo, o tornando assim mais rápido e sagaz no competitivo mundo dos negócios, em especial na bolsa de valores de Wall Street. Neste caso verídico contado no filme o

Clube de compras Dallas

Clube de compras Dallas , de Jean-Marc Vallée, EUA, 2014. Baseado em fatos reais o filme conta o drama de um Texicano soropositivo para o HIV em 1985 quando o vírus começara a “dar as caras “ em solo do Tio Sam. Quem já teve algum parente próximo com enfermidades em que a ciência ainda não descobriu a cura, terá certamente uma outra percepção do filme por lembrar a fraqueza física e ao mesmo tempo, a fortaleza espiritual de entes queridos por doenças sem cura, sejam esses de câncer ou de AIDS. Fato é que a atmosfera do filme tem a toada dessa sublime camada emocional onde toda tentativa é pertinente já que não existe mais nada a perder. O ar do filme nos envolve pela doçura que transcende seus personagens os transformando em anjos e dando lições de humildade aos não doentes e sempre nos lembrando que a vida é apenas uma só. Quando se está a beira da morte o mais natural é que tentemos lutar para continuar vivos, entretanto o filme selecionável ao oscar vai mais além disso através do se

Doze anos de escravidão

Doze Anos de Escravidão , dirigido pelo concorrente ao Oscar, o britânico Steven McQueen e produzido por Brad Pitt, USA, UK, 2014, e ainda baseado numa estória real. O filme ganhou o Globo de Ouro esse mês e por isso é o favorito ao Oscar de melhor filme já em março. A questão da escravidão ultimamente tem sido usada como tema para propensos filmes candidatos ao maior prêmio industrial cinematográfico norte-americano. Basta lembrar o ano passado com o sangrento Django Livre do Tarantino que concorreu, mas não levou. Esse ano teremos: 12 anos de escravidão e veremos no que vai dar no Oscar. Fato é que política e cinema sempre andaram juntos, sendo que a política influencia o cinema industrial de forma categórica. O fato de o presidente Barack Obama ser o primeiro presidente negro dos EUA, já nos serviria como argumento para vermos tantos filmes com o tema: Racismo. Entretanto se, e somente se, focarmos nesse filme concorrente ao Oscar perceberemos o tão diferente foi o processo de escra

Ninfomaníaca - Volume 1

Ninfomaníaca - Volume 1, dirigido e roteirizado por Lars von Trier, Dinamarca, Alemanha, 2013. É um tanto quanto tenebroso escrever sobre metade de um filme que por questões comerciais teve de ser lançado desse modo. Mas como o filme é muito bom vou correr esse risco. As distribuidoras de cinema não contentes em dividir o filme pelo meio ainda tiveram a “ sacada comercial” de tirar as cenas de sexo explicito mais escancaradas. Ainda assim o filme continua a ser bom ( agora melhor seria ver ele completo e sem cortes, disponíveis somente em festivais europeus de cinema, mas é o que temos, ou seja, ver uma metade ). Tido como “ persona non grata” no último de festival de Cannes por o diretor Lars von Trier cometer a gafe ao dizer:“eu entendo Hitler depois de ter feito meu último filme”. E o diretor não para por aí com suas excentricidades: para ele, ele mesmo se acha o maior diretor de cinema do mundo ( e nesse ponto tem certa razão, se não for o melhor está entre os três melhores atuais

Alabama Monroe

Alabama Monroe , dirigido e roteirizado por Felix Van Groeningen, Bélgica, 2012. Um filme decente, apaixonante, tocante e verdadeiro; Com tais predicativos poderíamos resumir o provável ganhador de filme estrangeiro no industrial prêmio do Oscar desse ano. O filme Belga ( sim: a Bélgica faz excelentes filmes, não só esse ) nos coloca dentro das estórias dos seus personagens logo de início e somos guiados por eles até o final com certa angústia dentro do peito no que consiste na tentativa de uma explicação pertinente e sensata sobre a origem da existência humana. Temos como fios condutores do filme um casal de cantores de bluegrass, uma vertente do Country Music , formado por Didier (Johan Heldenberg) e Elise (Veerle Baetens). Eles se conhecem por obra do destino ( será que de fato existe destino? Essa é uma das muitas indagações existências do tocante filme ) e se apaixonam perdida a ardentemente gerando um frenesi de cenas quentes e sensuais. A completitude, a entrega de um para com o

No más

No más , é um belo documentário dos canais ESPN ; O filme essencialmente narra uma das duas lutas mais espetaculares do boxe em todos os tempos que acontecera em 1980; A primeira em Junho e a última em Dezembro do mesmo ano. Os boxers lendários eram o norte-americano Sugar Rey Leonard e o panamenho Roberto Dúran, mais conhecido como “mãos de pedra”. Mais que a luta de boxe e rixas pessoais estavam em jogo sistemas políticos-econômicos ( Capitalismo/Comunismo) e de certo modo um confronto de idiomas ( inglês e espanhol ), como um panamenho poderia dar uma lição a arrogante e poderosa América que achava (e até hoje acha) que pode tudo. O primeiro embate ocorrera em Montreal, Canadá com 15 rounds e uma vitória incontestável de Roberto Dúran. Luta esta que fez com que Mike Tyson quisesse seguir a carreira na arte nobre do boxe, tamanha magnitude desta luta: 15 rounds abertos com um esmurrando o outro sem qualquer preocupação em defesa; Uma esplendorosa briga de rua com um juiz como figu

Frozem – Uma aventura congelante

Frozem – Uma aventura congelante ,EUA, 2013. Com a marga registrada e porque não escrever e cravar também como monopolizadora do gênero no desenho animativo a Walt Disney faz mais uma animação para “cair nossos queixos”. Antes da animação ou filme principal temos para os mais saudosos um belo curta-metragem, que nos mata de saudades os nossos tempos de criança com o Mickey e a Mine saindo de muitas confusões; Curta metragem esse rodado em preto e branco, porém com a marca Disney de qualidade. Entretanto ou entretendo-nos com a animação do longa metragem Frozen, que nos conta a estória de uma lenda de uma princesa que sofre de um mal presságio ou bruxaria em que tudo que ela toca vira gelo, assim como uma insônia ou algo do tipo, já desde muita nova ela sabe que tem tal poder estranho: o de congelar a tudo e a todos. Ainda criança quando brincava com sua irmã mais nova, ela cometera, por acidente, uma queda da sua maninha por um suposto raio mágico e congelante. Acidente ou brincadeira

Titãs – A vida até parece uma festa

Titãs – A vida até parece uma festa , do músico e diretor Branco Mello, 2009, Brasil. O documentário nos conta em detalhes a trajetória de uma das bandas de rock nacional mais famosa e bem sucedida desde meados dos anos 1980 até seu último álbum, há pouco tempo atrás. A raiz da banda era a punk, mas com o tempo o grupo acabara sendo mais pop do que qualquer outro gênero, especialmente após a saída da mente pensante, que era o Arnaldo Antunes. Depois da desgraça da morte do guitarrista e fundador da banda Marcelo Frommer, aí que os Titãs se desmorona de vez, pois a segunda cabeça pensante do grupo os deixa, que era justamente o Nando Reis. Com a morte do Marcelo e as saídas do Nando e do Arnaldo a banda só não acaba por teimosia do vocalista Brando Mello; Teimosia essa que lhe rendera um câncer, mas para alívio dos “Titãnomaníacos” ele sobrevive da doença e toca o barco da banda produzindo mais dois ou três Cds de pouca qualidade ou relevância se compararmos com os primeiros Eps do grup

O Sol Do Meio Dia

O Sol Do Meio Dia , de Eliane Caffé, Brasil, 2010. Diretora esta que largou a faculdade de psicologia no último ano e se enveredou na sétima arte, não saindo jamais. Como uma quase psicóloga formada a diretora instiga justamente na construção dos seus personagens e nesse belo filme rodado na mata amazônica e em Belém não é diferente. Em estupenda atuação Chico Diaz interpreta um barqueiro que usava peruca e fugia dos padrões, escrevemos assim. A trama é balanceada com a atuação de Luís Carlos Vasconcelos, que é personagem mais retraída criado pela diretora e roteirista pra lá de existencialista. A trama tem sua boa parte a bordo de um barco no infinito Rio Amazonas entre somente os dois personagens masculinos. Em redondezas a chegada à Belém entra-se a personagem feminina do enredo, que era a de uma mãe querendo tirar sua filha de um prostíbulo. Em situações sempre atípicas ( o que não poderia ser diferente se tratando de Eliane Caffé ) os dois homens e essa mãe sofrida vão se encontra

Jovem e Bela

Jovem e Bela , de François Ozon, com Charlotte Rampling , França, 2013. Como nós, homens, podemos estabelecer ou dizer que somos de fato homens? Para as mulheres essa pergunta é mais fácil de ser respondida: Quando elas passam a ter o poder da sedução e deixar, nós homens, malucos por suas bocas, corpos e trejeitos. O filme nos conta a estória de uma menina que tem uma natureza forte e por isso não modificada com o tempo ou situações; Pessoas assim com este tipo de personalidade são donas do seu tempo e geralmente são desprovidas de sentimentos como amor, dor; No fundo pessoas com o temperamento da protagonista vêm ao mundo em busca de dar e receber prazer e somente isso importa essencialmente. Jovem e Bela nos narra a estória de uma garota que por curiosidade ( ou seria já sua própria natureza berrando em seus hormônios precoces?) perde sua virgindade com uns treze anos em uma bela praia da Riviera Francesa. Estudante de letras na Souborne a garota acha um meio de ganhar dinheiro e

Azul é a Cor Mais Quente

Azul é a Cor Mais Quente , dirigido e co-roteirizado por Abdellatif Kechiche com brilhantes atuações de Adèle Exarchopoulos e Alma Jodorowsky, França, 2013. Cinematograficamente escrevendo o ano passado não deixou muitos bons filmes, ousaria em escrever que conta-se nos dedos os filmes realmente bons. Azul é a cor mais quente fora uma exceção desse fraco ano que passou, o filme seria bom em qualquer ano e não à toa ganhou a palma de ouro de Cannes em 2013. Com lançamento para o dia 06 de dezembro de 2013 no Brasil, só chegou na Bahia no final do ano ( normal esse atraso em comparações com São Paulo e Rio de Janeiro), mas vamos escrever sobre o filme, este pelo qual ainda me encontro em estado de êxtase , principalmente por suas duas personagens centrais, sendo que uma delas (Alma Jodorowsky ) , inclusive, não participa das ações promocionais do filme por ter sido tratada como um puta pelo diretor nas quentes cenas de sexo no filme ( a primeira cena sexual demorou dez dias pra fazer e t