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Mostrando postagens de junho, 2013

2 dias em Nova York

Já aconteceu algumas vezes e desta não foi diferente. Refiro-me a quando se assiste um puta filme e no dia seguinte assiste-se a um normal. O dito comum ou normal se torna de fato tão estúpido por falta de genialidade que ficamos mal-acostumados. Estou me referindo ao filme de Almodóvar que vi ontem e o que vi hoje que foi 2 dias em Nova York , da infeliz Julie Delpy , 2013, EUA. Claro que ainda entoa em minha cabeça a produção de um dos gênios vivos do cinema que é Pedro Almodóvar, mas tentarei não persuadir o filme de hoje pela comparação do de ontem, pois não dá pra comparar mesmo. A primeira merda dessa comédia que não consegui nem por um momento rir, foi não mostrar bem a cidade que a fita se propôs a colocar inclusive no titulo que era Nova York. Claro que não esperávamos nenhum guia turístico sobre a cidade assistindo ao filme, mas a diretora nem sequer teve o cuidado de mostrar o cotidiano dos seus moradores, se limitando apenas a fazer cenas em um apartamento fechado sem jan

Los amantes pasajeros

Os Amantes Passageiros ( Los amantes pasajeros), dirigido e roteirizado pelo ícone Pedro Almodóvar , Espanha, 2013. Certamente é o filme mais gay do diretor, assim como ele mesmo afirma e deixa escancarado sua opção sexual nas entrelinhas ou “entrecenas” (se é que alguém ainda não sabia ). A comédia tem sátiras ocultas em várias questões desde a falida Espanha ( que agora quer mandar seus médicos desempregados ao Brasil ), até aos tratamentos que nos são dados em uma aeronave, passando por fim os segredos da vida sexual do rei espanhol. Sexo: isso sim é tratado sem pudor nem preconceito no filme. Só para termos uma noção de tal “despudoramento” sexual a fita é protagonizada por três boiolas comissários de bordo com um humor ácido que só mesmo Pedro Almodóvar poderia criá-los. Os três dão o tom do humor e a conotação sexual do filme, que é quase que absoluta, como uma "neura" do diretor. Em terra firme e com uma atuação de quase atores-figurantes Penélope Cruz e Antônio Ban

L´homme qui rit

O homem que ri (L´homme qui rit), de Jean-Pierre Améris, França, 2013; É incrivelmente atual em nosso cenário de protestos políticos e no decorrer da critica explicarei o porquê. Baseada e adaptada da obra literária homônima do escritor francês Victor Hugo, o mesmo da obra os Miseráveis. O filme conta a estória de um garoto que por dívidas morais do seu pai para com o rei francês do século XVII, é colocado como “troca de mercadoria” a fim de humilhar o sujeito, que era seu pai, o qual insistia em ser rebelde e não obedecer a ordens monárquicas. A troca fora: “ Eu pego seu filho e dou pra outra família só pra mostrar quem manda e você fica fudido sem nada”, diz o rei. E o pai anárquico não tem muito que fazer após isso a não ser tirar cabo de sua vida, e assim o faz. O garoto é entregue a um médicuzinho insano que faz uma cicatriz em sua face do garoto para ter laços eternos com ele. A cicatriz consistia em dois cortes fundos em cada bochecha até os lábios, de modo que parecia que a cri

Área Q

Cada dia que passa acredito menos no homem e mais em extraterrestres. A frase inicial serve como introdução não só há um repúdio aos políticos pilantras brasileiros, mas como também ao filme que acabei de assistir. Refiro-me à Área Q , do Gerson Sanginitto, 2012, EUA - Brasil. Com um bom roteiro encaixado conjuntamente em dois países (EUA e Brasil) a obra ficto - cientifica aborda uma suposta existência de vida inteligente fora da Terra. Com o desaparecimento do filho de um jornalista americano que tem a fama em desarticular esquemas de corrupção em seu país, este desmorona com a perda do seu único parente próximo. Paralelamente a esse drama na terra do tio Sam tem a estória de uma pequena cidade de vinte mil habitantes no interior do Ceará chamada Quixadá conhecida como a terra dos Óvnis devida a seu solo enriquecido de urânio, este que servira como combustível para as espaçonaves, diziam os locais. Dos habitantes de lá existiam os abduzidos, sen ... do que uns foram e voltaram e out

Os protestos no Brasil

A principal militante do movimento passe livre em SP disse estar feliz com a baixa da tarifa de ônibus na capital paulista, mas segundo ela, e as ruas comprovam isso, os protestos continuarão. Segundo a ativista o principal alvo concreto é a reforma agrária e depois a urbana. Os protestos começaram em São Paulo e depois se espalharam pelo Brasil. Se o alvo agora for a reforma agrária, marchemos nesse sentido, assim teremos mais força e foco no que protestar. Politicamente ano que vem o povo dará a resposta a tudo isso e a Marina Silva ( ex PV e agora quer formar o partido Rede de sustentabilidade ) pode sair bem nessa, visto que não é atingida  nem lembrada, ao contrário do PT e do PSDB. A seleção italiana de futebol já discursa que caso os protestos continuem ela pode vazar antes do fim do torneio em prol da segurança dos familiares dos jogadores que vieram ao Brasil. O presidente da FIFA já vazou para a Turquia para acompanhar o mundial sub-20, fato este que deixa os especialistas co

Argo

Argo, Ben Affleck, EUA, 2012. Depois de quatro meses de o filme ser premiado como melhor do ano no Oscar, venho resenhá-lo. Demorei um tempo, pois ainda hoje não concordo que ele tenha sido o melhor filme do ano, acho que o prêmio estaria mais bem entregue se fosse para Amour do austríaco Hanneke que ganhou somente como melhor fita estrangeira. Coisas da indústria do cinema americano e por isso não podem levar tão a sério tais premiações. Mas como me propus a escrever sobre a fita: vamos a ela. Trata-se de uma fita de cunho político, verídica é fato, porém mais uma vez exalta uma vitória estadunidense perante o mundo e deixa de lado detalhes técnicos ou um roteiro mais qualificado para a estatueta do Oscar de melhor filme de 2013. O local era o Irã numa onda de protestos contra os EUA no solo muçulmano e com seu ditador dando o tom do ódio contra o Tio Sam. O cerco estava se fechando contra o pessoal que trabalhava na embaixada norte americana da capital Teraã. O grupo consegue se des

Odeio o dia dos namorados

Odeio o dia dos namorados , Roberto Santucci, Brasil, 2013. É uma comédia para as grandes massas brasileiras, provavelmente um blockboster nacional, ao menos tem tudo para isso. Trata-se da estória de uma publicitária linha dura e ranzinza interpretada pela Heloísa Périssé. Roteiro: Nada contra o titulo do filme, pois também acho a data uma chatice pura, mas da estória do filme para com seu titulo: não tem nada a ver uma coisa com outra, fora o fato de no inicio do filme a protagonista falar: “Odeio dia dos namorados”. Depois disso o que se vê é uma “estória do além”, ou seja, de vida-pôs morte com sua protagonista tendo flashbacks de toda sua vida, desde sua primeira transa com o excêntrico Batata até os dias de publicitária odiada por todos seus subordinados. Flashbacks estes guiados por seu ex-sócio que falecera por um infarto fulminante em plena campanha do hospital do coração da cidade, fazer o quê: coincidências se sucedem. Trama : O filme se configura nesse momento de tran

Depois da Terra

Depois da Terra ( After Earth ), dirigido, produzido e co-roteirizado por M. Night Shyamalan   EUA, 2013. Trama : A estória ficto cientifica se passa numa época de 1000 anos da nossa atual onde o planeta Terra es um local hostil para com humanos. Humanos estes há mil anos na frente que vivem em outras galáxias ou planetas. O planeta Terra do futuro tem domínio de animais aquáticos e terrestres super desenvolvidos em laboratórios e vermes ou parasitas com alto poder de aniquilação. Por isso quando os humanos extraterrestres tinham que ir ate lá tomavam bastante cuidado para não ser comido ou estrangulado por nenhuma bactéria ou bestas gigantes. Roteiro : O ditado em que diz: “Filho de peixe: peixinho é " se coloca em debate na fita, visto que ainda que o Will Smith tenha escrito a estória do filme e enxergado seu filho para fazer o papel de um dos protagonistas ( o outro era ele próprio ) , o seu filho não atua de forma tão boa como se espera de um protagonista para a indústri

Giovanni Improtta

Giovanni Improtta; É por esses e outros que não tem como falar bem do cinema nacional. Tudo bem que foi o primeiro filme dirigido pelo ainda ator global, pelo visto, e não diretor José Wilker , Brasil, 2013; Porém o filme deixa a desejar por roteiro e é salvo “pelo gongo” por seu estupendo elenco. Porém elenco só segura algum filme se este tiver um mínimo que consistência roteiral, que não fora o caso do filme em questão. A estória é a seguinte: o Giovanni Improtta ou José Wilker, que tem a horrorosa mania de trocar palavras por outras parecidas, porém totalmente diferente de seu significado, é um bicheiro à moda antiga que se apaixona ou se apaixona por ele melhor assim dizer a filha de um empresário magnata que não o quer no meio dele por ele ser bicheiro. Porém como sabemos que a natureza e o instinto é que manda no final das contas, a pirralha gruda no bicheiro assim como macaco na banana. O bicheiro vê uma brecha para apaziguar ou limpar de uma vez sua aranhada imagem de homem d

The great Gatsby

Remando contra a maré, e assim que é bom, o filme tão criticado internacionalmente que abriu o festival de Cannes esse ano é esplendoroso em todos os sentidos. Trata-se do The Great Gatsby ou em bom português: O Grande Gatsby , dirigido e roteirizado por Baz Luhrmann ,EUA, 2013. O filme narra à efervescência econômica de Nova Yorque nos anos 1920 e uma linda trama de amor, mas de dor e preconceito também, seja este de ordem social ou familiar. Para quem não tinha nascido em berço de ouro ser considerado e respeitado era deveras dificultoso, coisa que não mudou muito até hoje, apenas estancamos essa ferida de cachorro vira-lata  e deixamos menos aberta ou visível. A trama era composta por um iniciante jovem ambicioso da bolsa de valores de NY city, sua linda prima que era casada com um nobre e por fim por um ser excêntrico nobre interpretado por Leonardo DiCaprio que dava grandes festas em que NY city inteira ia sem ser convidada, caso curioso esse. Todos curtiam as festas com direit

Cidade de Deus

É no calor que as melhores idéias surgem: respeito pra caramba a estória do cinema nacional desde a época Glauberiana, mas o melhor filme produzido em nosso solo aconteceu no século XXI. É  Cidade de Deus , do Fernando Meireles, Brasil, 2001. Comecemos assim: deixemos todo nosso lado inocente ( pra quem é inocente ) ou hipócrita ( pra quem é hipócrita ) e admitimos que não exista nem homens bonzinhos ou mauzinhos: esses dois lados já vem embutidos como uma marca registrada quando nascemos, ou seja, um pedágio que temos de pagar para termos acesso ao nosso nascimento é a nossa natureza dúbia desprovida até de admitir isso: que não somos nem bons nem maus, somos o meio disso. A partir daqui podemos estruturar uma espinha dorsal da obra mais respeitada mundo afora do Brasil, que é  Cidade de Deus. Fora ser uma puta obra cinematográfica em todas suas nuances ( fotografia, figurino, atores, roteiro, produção, direção de arte ) a obra tem o feeling de começar a estória nos anos 1970. Anos

Reino Escondido ( Epic )

Reino Escondido ( Epic ), Chris Wedge,   EUA, 2013.A animação é uma pintura à cinema fechado. A produção lembra as obras do Rembrandt, Vicent Van Gogh , Caravaggio e mais alguns outros gênios da pintura devida as suas vastas cores claras na estupenda obra cinematográfica. Dois reinos existem na estória da fauna do nosso planeta: Os "verdes" e os "contra os verdes". Enquanto os "verdes" têm sua rainha e esta através de um broto mágico mantém as flores e florestas nascerem em nosso habitat, os "nãos verdes" querem o fim daquela verdalhada toda a fim de destruir de uma vez o nosso querido planeta. As duas tribos ou povos citados podem ser descrevidos como Gnomos (na Chapada Diamantina muitos acreditam que eles existem de verdade ). A animação encabeça ainda um cientista humano que tem a sensibilidade em acreditar que Gnomos existam e por isso acaba se desviando da sociedade para viver na selva a fim de fazer a maior descoberta cientifica de todos

Se Beber, Não Case III

Se Beber, Não Case III , Todd Phillips, EUA, 2013. Juro que me esforçarei para resenhar um filme tão sem graça. Quando se tem o hábito de assistir a filmes intitulados como “de artes”, blockbooster como esse são realmente difíceis de serem digeridos, porém como o pão de cada dia não é fácil e não existe almoço grátis: vamos ao trabalho. Trata-se de um fecho de uma trilogia para americanos ver. Confesso que vi o primeiro e não o segundo. E por o primeiro ser mais ou menos acabei indo ver o terceiro e ultimo ( ainda bem que é o último mesmo, menos um besteirol na praça). Como não vi o segundo filme da trilogia algumas piadas "pra americano idiota rir" ( não todos..) ficaram sem ser entendidas, mas isso não é o pior do filme: a parte pior é ele como um todo, ou seja, se escrevesse que o filme fora feito para um idiota não seria nenhum exagero até mesmo porque um dos seus atores sofre de idiotice aguda ou problemas mentais, e é justamente ele que dá o tom da trama se envolve