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Mostrando postagens de janeiro, 2009

Lua

Luana, Lua para os mais próximos era uma jovem adulta que adorava viver no mundo da lua. Curtia um reggea de Edson Gomes em seu ipod e malhar todos os dias. Sentia muito mal quando deixava de ir malhar um dia sequer, não conseguia dormir, ficava mal-humorada, enfim tinha de liberar a endorfina diariamente ouvindo o seu reggea. Lua ficava extasiada vendo a lua, achava que a coisa que dera mais certo em sua vida era exatamente o seu nome idêntico com a lua. Virava noites e noites apreciando a xará. Gostava de todas as suas fases, mais a bela para ela era a minguante. Sentia-se mais próxima dela ainda mais nessa fase. Sentia-se mais viva, mais energizada. Mas a Luana não vivia só no mundo da lua, ela trabalhava, estudava, saia com as amigas e principalmente ia a cinemas. Como gostava a Lua de sair da claridade do dia-a-dia normal e entrar em uma inóspita sala de cinema e esquecer de tudo umas duas horas por dia. Lua fazia isso todos os dias praticamente, ia aos cinemas. De modo que isso a

Futebol 2008

Em uma competição de futebol, onde o melhor jogador é um volante, e os três melhores técnicos são de esquema defensivo prioritamente é de se preocupar. É foi isso que aconteceu no campeonato brasileiro de futebol de 2008. O Brasil como o país dos melhores atacantes do mundo desde que o esporte foi inventado, a meu ver, não pode ter essa imagem de retranqueiro. Eu sei que o futebol mudou, mas peraí também, paciência tem limite. Não posso deixar de falar do Dunga! Já que vale tudo mesmo, bota aí o Pelé no lugar do Teixeira na presidência da CBF e o Cleber Pereira e mais dez no time do Brasil.

Bob

Bob, um americano de vinte e poucos anos, de saco cheio com a industrialização latente dos EUA no ano de 75, veio ver um tio-avô no Brasil nessa época. Tinha acabado o colegial, trabalhava em uma indústria o dia todo e achava que estava sendo explorado pelo dinheiro que ganhava, apesar de receber em dólar no final do mês. Então resolveu criar problemas nas ruas do seu bairro em San Diego, CA para ver se conseguia passar uns tempos no Brasil com o tal tio-avô. Bob chegou à Bahia em um carnaval e ficou encantado com o desprendimento capitalista e muitas vezes tribal naquela década do povo soteropolitano. Tudo que sonhava em relação à liberdade, ele tinha encontrado na Bahia. Nesse carnaval da chegada, ele como tinha o hábito de beber bem depois das suas jornadas incessantes de trabalho na Califórnia, começou a beber aos olhos dele “normalmente”, mas aos olhos dos baianos demais. Uns conhecidos que fez amizade quando chegou, logo quiseram acompanhá-lo na bebida, achando que iria achar mai

A virada

Quem vive a mar, em cidades litorâneas, sabe que é quase obrigação colocar pelos menos os pezinhos em mar para começar o ano novo com bons fluidos e energia recarregada. Foi o que fiz nessa virada. Nunca vi metro cúbico marítimo tão disputado quanto os das praias em reveilon. Tinha de pedir licença a beira d”água para cumprir importante ritual. Acho particularmente uma besteira essas festas, coisas que só servem pra você encher a cara e ter uma desculpa para fazer isso, dizendo algo como:” É ano novo, vamos comemorar...” Da noite da virada acho bonito os fogos, um êxtase, um semi-transe por ficar paralisado contemplando o céu cheio de cor por alguns minutos. De qualquer sorte, o reveilon serve pra encontrar pessoas que você não vê há algum tempo, a fazer planos (às vezes fantasiosos), de que vai conseguir atingir tal meta e objetivo no ano que vai nascer. As pessoas tendem a sentir de alguma maneira nessa data se o ano vai ser barra pesada ou boa pra elas, pelo menos comigo é assim. Te

O homem nu

Um dia na praia lembrei-me de um acontecido há anos passado em uma praia da Bahia. Um homem foi quase linchado por ter decidido ter ficado nu a luz do dia. Lembro como esse ato causou tamanha estupefatação e posteriormente ira dos banhistas que estavam por perto com desprendimento desse individuo, e tudo pelo simples fato de ter ficado com vontade de tomar banho nu. Me lembro bem também que a atitude que o maluco teve, de ficar nuelo, nada a ver teve com qualquer tipo de ato libidinoso ou escroto de sua parte e como isso irritou a moral das pessoas que ali estavam. Simplesmente ele quis ficar nu e ponto! Depois foi uma cambada de gente correndo atrás desse naturalista frustrado com pedaço de pedra, pau. Não soube como a estória acabou, se eles o mataram ou se ele conseguiu se safar. Lembranças engraçadas que nos fazer nos perguntar se o que defendemos com unhas e dentes são realmente fundamentais.