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Mostrando postagens de junho, 2007

A Profecia de Alá e da Igreja

João era um garoto tímido, que não gostava de conversar com seus coleginhas de turma, nem no recreio. Os garotos o achavam “afrescalhado” e só vinha até a ele para dar uns grandes petelecos na sua orelha que já era vermelha de timidez natural, e com os inúmeros petelecos que ele recebia ao dia, as orelhas de João ficavam quase que parecidas com aos dos lutadores de vale-tudo, de tão irritadas. Um dia João teve de ir ao médico por causa disso, as orelhas estavam tão irritadas pelas pancadas, que João teve de fazer curativos diários e passar pomada para sarar. Mas João não disse nem a mãe dele, a Clara, nem ao médico o motivo de suas orelhas estarem tão mal-tratadas. Ele ficou com vergonha da mãe de falar a verdade e ela culpá-lo pelo fato, dizendo que ele era um otário e que tinha que se defender, então ele ficou na dele. Mas teve um dia em que João se revoltou, não pelos petelecos, ele não iria se revoltar com uma basbaquice dessas. João se “retou” quando o apelidaram de:” João, onde e

Alan e Alana

Era a primeira vez de Alan, ele estava tenso. Ao alto dos seus dezesseis anos, ele estava de pé, em frente a seu pai, implorando para não ser levado ao brega da cidadezinha de Anápolis, no interior de Goiás. Alan gostaria de perder sua virgindade com uma menina do colégio dele, mas ele não tinha nem coragem de pedir em namoro a garota, que dirás pedir pra transar com ela, seria anos e anos de investimento, Alan até que gostaria de fazer esse investimento, mas faltava coragem para tal. E o pai de Alan, o Senhor Frederico até sabia da estória da paixão do filho pela garota, mas como ele não via desenvolvimento no relacionamento dos dois, decidiu tomar uma atitude natural para aquele e até os tempos de hoje em Anápolis, e disse-lhe assim ao filho: “Alan, é com imenso orgulho que hoje você vai ser descabaçado, hoje te levo pro Brega, você está preparado?”. Alan engoliu em seco, ficou sem ar nos pulmões, as pernas começaram a bambear depois que o pai falou. Todos os sintomas que uma pessoa

O ciúme do fumo

Carlos tentava parar de fumar, mas não conseguia. Tentava as placas que se colocava na pele, terapia, conversar com os outros, mas nenhuma tentativa dava êxito. Até que se “descobriu” ou assumiu dependente do tabaco e resolveu ir a reuniões em grupo de fumantes. Lá as pessoas falavam do porquê de fumar tanto ou pouco, o que o fumo tinha a ver com ansiedade, frustração e até mesmo indícios de depressão. Carlos abordou seu depoimento com todos os sintomas já citados juntos e a falta que lhe fazia uma criança e uma mulher em sua vida. Dizia que sentia sozinho, e por isso, muitas vezes se sentia com mais vontade de fumar. Às vezes fumava quarenta cigarros por dia, a depender do dia. Ia a todas as reuniões e via progresso. Foi diminuindo aos poucos até que estagnou e completamente parou o incessante vício. Começou a correr pelas ruas de sua cidade, se sentia mais leve e disposto, até seu humor se alterou. Correndo conheceu Marta, uma incrível triatleta, ao qual se apaixonou perdidamente des

Tardô , mas não faiô.

André Antônio, um simples administrador de condominios de classe media, vivia em um eterno dilema : ser ou não ser ? Mas ser o quê? André queria ser escritor, roteirista ou coisa do gênero da arte. Mas ele tinha outra formação. Será que agora seria tarde demais ? Será que tinha potencial para se “ jogar” em outra profissão e tendo que começar tudo do zero? Será que André queria mesmo essa mudança? Parece que ele queria sim. A primeira ação que André tomou foi a inscrição para um curso de roteiristas amadores, tipo uma pós graduação. André pagava esse curso com o dinheiro do trabalho, do qual não queria mais, administrador. Adorava seu curso, e logo se tornou um dos melhores da classe, descobriu que tinha talento pra coisa. André começou então, esporadicamente e sem compromisso como curso, a escrever breves estorinhas . As vezes era romance, outras policiais e assim André alimentava a seu sonho de um dia ser diretor de cinema, era os primeiros passos que ele tinha de dar. Com o tempo fo

O obstinado

Tem coisas na vida que não tem preço, pelo menos para alguns como Saulo, um esperto rapaz que quer se dar bem na vida sem passar em cima dos outros. Mas será que isso é possível? O rapaz quer acreditar que sim, mas não sabe o que o futuro lhe garante ou não, alias ninguém sabe do futuro. Saulo era auxiliar administrativo de uma pequena firma de entrega de encomendas feitas pelos corajosos motos boys da cidade de São Paulo. O chefe dele era uma senhora muito invocada e mandona, cujo nome se denominava Cris, mas para ele sempre Senhora Cris, nunca somente Cris. Um dia ele esqueceu de chamar-lhe de senhora e quase foi demitido. Então jurou que nunca mais esqueceria do tal tratamento obrigatório. Mas como lembrar sempre dessa merda de senhora, Saulo se perguntava sempre se iria ser despedido por esta gafe. Saulo tinha uma família grande e pobre, vivia num subúrbio violento e sujo, ao quais os governantes só lembravam no ano de eleição. A criminalidade era grande, e muitas vezes Saulo tinha

Eu não nasci pra trabalho!

Porquê trabalhar é tão chato? Seja o que for, será que só porque sou baiano? Não! Eu não serei preconceito, e não jogaria no colo desse estado meus problemas pessoais.Já to cansado de fazer esta pergunta para mim mesmo: porque acho chato trabalho. Sei lá, acho que não nasci pra isso e não é papo de vagabundo não, é papo reto! Tenho escrito um pouco ultimamente, além das minhas escritas de trabalho político. Escrever é bom, ler também, mas é pouco.. e as vezes enche o saco..malhar idem.. não vou ficar aqui enumerando meus problemas pessoais, pois não adiantaria, mas acho que a magia de trabalhar na doit! Passou, muitas vezes é um martírio vir aqui, tanta coisa a fazer numa cidade desconhecida e ao mesmo tempo essas coisas desconhecidas nesta cidade se tornam tão insignificantes pra mim, que pergunto pra que faltar o trabalho? São questões existenciais confusas e tal, mas vou levando minha vidinha aqui na maior cidade da América latina, São Paulo. No inicio, esta me assustou ( nos prime

A Obstinação de uma vida

Eduarda era uma menina atípica. Ela subia em pau de arvore, se metia nas brincadeiras dos meninos. Destruía todas as bonecas da irmã mais nova e adorava ver a sua maninha Marina, chorar até soluçar e não agüentar mais sem a presença da vossa mamãe Laura. Um belo dia Duda foi ao campinho de futebol dar uma olhada no jogo dos garotos. Ela ficou assistindo durante um tempo, mais logo mais quis participar daquele entretenimento: “Oi, posso jogar?”, ela pergunta logo ao maior do time que perdeu e que está sendo remontado com os outros garotos que estavam do lado de fora próximo a ela. O garoto Corpanzudo olha de baixo para cima dela, com um olhar cético diz: “Você agüenta jogar com garotos?”. Ela não responde nada e abaixa a cabeça. O garoto entende a mensagem dela, e diz: “se é o que você quer, mas não me venha com frescurice de mulher, aqui só joga menino e se você quiser jogar, vai ter que ser igual a menino. Ela diz risonha:” “tudo bem”. O jogo começa, Duda pega a bola da defesa e vai d

Vida nova

Futebol é uma coisa de louco mesmo. Me lembro o quanto fui fissurado no esporte ( e não que hoje não seja..), Cheguei a acompanhar a um campeonato Brasileiro de ponta a ponta, ou seja, fui a todos os jogos do meu time ( Vitória ), e lha que era a segunda divisão, onde o meu time ( todo torcedor tem orgulho de falar isso né? ) foi vice-campeão brasileiro da primeira divisão, perdendo para o palmeiras de Edmundo e companhia ltda. Tinha jogos que eram na semana e eu ia sozinho, pois nem todos meus amigos queriam ir a todos os jogos, a todos só eu! Teve uma vez em que fui a um Vitória contra o Santa Cruz , onde o vitória ganhou e voltei de ônibus, com a estação da lapa de Salvador, completamente vazia, a não ser eu e um crente, que quase acabou me convertendo pelo medo que estava passando naquele lugar. No inicio pensei que era um molestador de adolescentes, depois pensei em ele ser um ladrão, pois chegou de um “breu” , do nada, querendo papo com a minha pessoa. Depois de uns quarenta min

Percepção de um jovem sobre politica

Escrever sobre política nos dias de hoje e com estes políticos e tarefa das mais amargas. Logo quando acordo, e abro os olhos, tenho meu primeiro dilema do dia: folhear o jornal. Hoje em dia no Brasil o grande desafio e conseguir acompanhar os crimes de corrupção com dinheiro publico, se você lê um jornal um dia e o outro não e bem capaz de se desatualizar na roubalheira, os políticos são muitos rápidos se tratando em lavagem de dinheiro publico. Pergunto a mim mesmo como ainda consigo de vez em quando ler o jornal ou assistir um telejornal. Para qualquer cidadão civil que paga seus impostos a política brasileira e uma piada. Disseram-me certa vez que na época de FHC tinha já isso tudo, esses esquemas de mensalao, superfaturamento de obras, veículos, etc., mas não lembro de tanta Cpis como agora, É sinal que os opositores de agora (PSDB), estão trabalhando melhor do que os opositores antigos, que agora é governo. Mas o que me mata mesmo no meu sentido cívico e de cidadão pagador de imp

Sinopse de um filme

Os soldados estavam nas acomodações do campo militar ocupando seu tempo para uma chamada da guerra. Nisto eles eram muito infelizes, pois queriam ação, aliás, estavam naquele país para isso. Como todo amontoado de gente elege lideres, naquele local não era diferente. Kaus era um dos ditos cujos. A liderança de Kaus baseava-se em contrabandos. Era também o traficante do exercito, onde ocupavam a cabeça dos soldados a espera de uma guerra que podiam facilmente tirar suas vidas naquele clima frio de guerra igual na Alemanha. Muitos soldados, nem sequer sabiam se estavam no ocidental ou oriental alemão, pouco importava o muro de Berlim, as separações das Alemanhas ou qualquer coisa... A Rússia era o problema, a guerra fria, que fervia os nervos dos soldados que tinham de se drogar para agüentar aquele briga sem brigar da guerra fria. Por isso as drogas eram tão importantes para aquela situação caótica, e Kaus era o cara a quem se pedir ajuda. Com a maioria dos soldados drogados aconteciam

Grande Serapia

Serapião estava de saco cheio dos apelidos que seus colegas de trabalho o colocavam. Era um tal de serra pra lá, Pião pra cá, que ele não agüentava mais. Serapia, para os íntimos, era concursado e não poderia se livrar dos colegas perturbados assim, pois concursado era status em um país de miseráveis como o Brasil. Então ele teria que agüentar mesmo durante toda a sua vida, pois tinha estudado muito pra passar no IBAMA do Piauí em segundo lugar. Serapião começou a agir com inteligência e passou a ignorar as piadinhas com seu nome, de modo que logo, logo os colegas elegeram outra pessoa com nome estranho para ridicularizar: Astolfo, do departamento de pessoal do IBAMA. Serapião agora ficou de boa e livre pra azarar a mulherada do IBAMA, falando que seu nome era Ricardo, vulgo Cadão. Era um tal de uma noite com uma mulher, outra noite com outra que dava gosto até dos colegas que perturbava ele antigamente verem aquilo, e com direito a meus parabéns e tudo. Aquilo era ótimo pro ego de Ser

João e Maria

João e Maria era um casal apaixonado. Adoravam ficar juntos, contar segredinhos. Eram total cúmplices um do outro, não conseguiam ficar muito tempo longe um do outro. João era mais comedido, tímido, Maria mais expansiva, comunicativa. Sempre nas rodas de amigos Maria que era a porta-voz dos dois, João preferia assim também, aliás, era da cultura da cidade dos dois, Salvador, que a mulher fosse mais falativa e o homem mais calado, observador. João como todo bom homem, era admirador de uma boa silhueta trabalhada em academia de musculação ou de praia, mas com Maria, evitava olha-las e ela apenas desconfiava que ela olhava nas costas dela, afinal ela queria o quê? João era homem, e o ditado que fala que o que é bonito é para se olhar é super válido, principalmente em uma cidade como Salvador, onde o calor é infernal e as roupas tende-se a serem mais curtas, em especial as femininas. Mais com Maria ele era impecável. Chamava-a de princesa soteropolitana, que era a inhá dele e que jamais a

Nunca diga nunca

Assistindo a televisão, Doris sempre se encantava e sonhava com os beijos que as atrizes tomavam dos galãs de telenovela mexicana. Doris era uma jovem que estava a caminho de uma grande universidade na capital do seu estado, ela tinha passado em uma das primeiras posições do seu curso que era Química Quântica, o primeiro do Brasil na especialização. Morava em uma cidade do interior com cerca de doze mil habitantes e os homens da cidadezinha de Jacareí não era o que ela esperava, não, nem de longe igual aos galãs mexicanos. Quando chegou à capital viu nas ruas os “galãs” nas ruas andando, ou quase isso. Mas para Doris já estava bom. Eles eram mais “saídos”, mexiam com Doris pelas ruas, chamando-a de gostosa. Doris ficava muito constrangida quando isso acontecia, mas lá no fundinho gostava. Mas isto era um largo passo para aquela moça que nem tinha beijado ao alto dos seus dezessete aninhos de vida interiorana. Ela, claro queria conhecer primeiro o beijo, aliás, sonhava e endeusava este

Os extremos

Bruno era um garoto moderno. Tinha lá seus apetrechos de artista no seu visual, mas era heterossexual, disso ele não tinha duvida nenhuma. Mas não era isso o que pensavam as pessoas que o viam. Era um visual exótico e sua voz era um pouco tanto afinada. Bruno era um garoto com lá seus vinte anos e estava inserido na moda EMO. Gostava das bandas americanas do gênero, muitas vezes era agredido por punks nas ruas de bairros de musicas. Não só Bruno era agredido, não era nada pessoal, era do estilo que eles não gostavam os punks, alias ninguém gostava do visual deles e do comportamento, mas os únicos a agredirem fisicamente Bruno e o grupo dele de EMOS eram eles mesmos. Mas as agressões não se limitavam somente a isso, bom que fosse.. A pior agressão era o preconceito das pessoas. Por causa disso Bruno, foi tendo problemas comportamentais. Começou a se deprimir e se isolar das pessoas cada vez mais. Só se relacionava com seus amigos EMOS. Uma vez ou outra, ele via um amigo beijando outro,